Meu mapa lunar caseiro
Aproveitei a foto da “Superlua” (aka Lua Cheia no perigeu) do fim de semana (29/08/2015) para fazer uma espécie de mapa lunar.
Fotos:
Como a face da Lua voltada para a gente é sempre a mesma … esse é o mapa da face visível da Lua :D
Tem:
- a localização do Norte/Sul/Leste/Oeste.
- em azul, crateras famosas.
- em amarelo, os mares lunares (as regiões escuras), na real, planícies que foram inundadas por lava após o impacto de outros corpos celestes.
Obs: modifiquei o constraste e brilho para ficar mais fácil de ver o relevo lunar.
Dados da foto:
- Canon EOS Rebel T3 + Telescópio Skywatcher Maksutov 90mm
- Tempo de exposição: 1/80s
- Sensibilidade ISO: 100
- 30/08/2015, 03:24:21
- Zoom: +-47x.
Geografia
Segue referências para cada elemento apontado no mapa:
Mares
- Mare Crisium: “Mar das Crises”. Diâmetro: 555 km.
- Mare Tranquillitatis: “Mar da Tranquilidade” é uma região lunar (…) onde pousou o Módulo Lunar Eagle, da Apollo 11, em 20 de julho de 1969, na primeira missão espacial a pousar na Lua. Diâmetro: 873km.
- Mare Fecunditatis: “Mar da Fecundidade”. Diâmetro: 840 km.
- Mare Nectaris: “Mar de Néctar”. Diâmetro: 339.39 km.
- Mare Serenitatis: “Mar da Serenidade”. A característica mais evidente desse mar é a cratera Posidonius, localizada no lado Nordeste da sua borda. Diâmetro: 674km.
- Mare Frigoris: “Mar do Frio” é (…) localizado no extremo Norte da Lua, na borda externa da bacia Procellarum logo ao norte do Mare Imbrium se estendendo a Leste em direção ao Norte do Mare Serenitatis. Diâmetro: 1.446 km.
- Mare Imbrium: “Mar de Chuvas” é o segundo mare em tamanho do satélite, atrás apenas de Oceanus Procellarum, e o maior deles associado a uma bacia de impacto. Em 17 de novembro de 1970, a sonda soviética Luna 17 pousou em Imbrium, (…). A sonda espacial carregava o rover Lunokhod 1, o primeiro rover a andar na Lua. (…) Em julho de 1971, a Apollo 15 pousou no sudoeste de Imbrium, próximo aos Montes Apenninus. Os astronautas David Scott e James Irwin passaram três dias na superfície da Lua, incluindo 18 ½ horas fora do módulo lunar em atividades extra-veiculares (AEV). A tripulação explorou a área usando o primeiro jipe lunar e retornando à Terra com 77 kg de material da superfície lunar. Sem autorização prévia da NASA, eles também deixaram no solo de Imbrium uma pequena escultura de 8,5 cm, O Astronauta Caído, junto a uma placa com o nome dos astronautas e cosmonautas que até ali haviam perdido a vida durante a exploração espacial. Diâmetro: 1145 km.
- Oceanus Procellarum: “Oceano das Tormentas” é o maior dos mares lunares e se estende por 2.500 km de comprimento, no eixo norte-sul da face da Lua, cobrindo mais de 4.000.000 km². (…) Foi no Mar das Tormentas que alunissou a Apollo 12, a segunda missão tripulada a pousar na Lua. Diâmetro: 2,592 km.
- Mare Nubium: “Mar das Nuvens”. Diâmetro: 715 km.
- Mare Humorum: “Mar da Umidade”. Diâmetro: 389 km.
- Mare Cognitum: “Mar que se tornou conhecido” é assim chamado por ser um local onde diversas sondas espaciais lançadas à Lua ali alunissaram e foi o local de pouso da Apollo 12. Diâmetro: 350 km.
- Mare Insularum: “Mar de Ilhas”. Diâmetro: 513 km.
- Mare Vaporum: “Mar de Vapor” é um mare lunar ao sul do Mare Serenitatis. O mare encontra-se em uma bacia ou cratera que está dentro do Oceanus Procellarum. Diâmetro: 245 km.
Crateras
- Plato: Plato é uma cratera de impacto. É um dos elementos lunares mais populares (impressiona o visual) e visível com qualquer tipo de telescópio. Diâmetro: 109km, Profundidade: 1km.
- Copernicus: Copernicus é uma grande cratera de impacto (…) situada na região chamada de Oceanus Procellarum, na Lua. (…) é típica do período chamado de Copérnico, no qual estas crateras, ao serem criadas, possuíam um proeminente sistema de raios marcando a superfície ao redor, consistindo de fina ejecta expelida quando de sua formação sob o impacto de um objeto celeste. A cratera Copernicus é visível da Terra através de binóculos (…) Devido em grande parte a sua formação recente, o chão da cratera não foi inundado de lava. Diâmetro: 93km, Profundidade: 3.8km.
- Aristarchus: Aristarco é uma grande cratera de impacto. É considerado a mais brilhante das grandes formações lunares, seu albedo é praticamente o dobro do que a maioria dos outros acidentes geográficos lunares. A cratera é suficientemente brilhante para ser vista a olho nú, e é imponente quando observada através de um grande telescópio. É também fácil de identificar quando a maioria da superfície lunar é iluminada por reflexão da luz oriunda da Terra. Diâmetro: 40km, Profundidade: 3.7km.
- Kepler: Diâmetro: 32 km, Profundidade: 2.6 km.
- Grimaldi: O assoalho é a característica mais notável dessa cratera, formando uma superfície lisa, relativamente suave e com um albedo particularmente baixo. Sua escuridão contrasta com as cercanias mais brilhantes, tornando-a uma cratera fácil de localizar. Diâmetro: 173.49 km, Profundidade: 2.7 km.
- Byrgius: Diâmetro: 87 km, Profundidade: 4,6 km.
- Tycho: A cratera é bem definida, ao contrário de crateras mais antigas que foram degradadas por impactos subseqüentes. O interior tem um grande albedo que é proeminente quando o Sol está acima. É a cratera com raios mais impressionante vista da Terra. Diâmetro: 86,21 km, Profundidade: 4,8 km.
- Stevinus: Diâmetro: 75 km, Profundidade: 3.0 km.
- Langrenus: Diâmetro: 132 km, Profundidade: 2.7 km.
- Proclus: Diâmetro: 28 km, Profundidade: 2.4 km.
Links
Take a Moon Walk Tonight - Sky & Telescope: Incrível guia sobre a Lua
GMM: Evolution of the Moon (id 10930): Vídeo incrível da Nasa abordando a evolução da Lua. http://svs.gsfc.nasa.gov/vis/a010000/a010900/a010930/evol_and_tour_youtube_1080.mov
Observando a Lua: Excelente guia para observar a Lua.
- BBC Four - The Sky at Night - Pete Lawrence’s Moon guides: Excelentes mapas para iniciantes e etc.
- Lunar mare - Wikipedia: apresenta os mares lunares bem como as principais crateras.
- Agência Espacial Japonesa - YouTube: Página oficial da JAXA (Agência Espacial Japonesa), no YouTube. Lá poderão ser encontrados muitos vídeos em HD, ou seja, em alta definição, da superfície lunar, realizados pela nave não-tripulada KAGUYA.